domingo, 27 de fevereiro de 2011

Uma tempestade

Tudo está tranquilo demais, quando de repente surge um novo elemento e muda todo o rumo das coisas. Uma pessoa nova no colégio, mudança de casa. Quem nunca passou pela experiência? Somos programados para seguir rotinas diárias, semanais, mensais. Mas por mais que lutemos contra, há movimentos que nos levam a desejar ou sentir coisas inesperadas. Algumas dessas vontades nos fazem querer voltar onde estávamos antes, no momento em que a calmaria tomava conta. Quando não sabemos como lidar, desviamos da tempestade, procuramos coisas pra fazer: leitura de livros, organização de materiais ou cozinhar. Qualquer distração que possa fazer o tempo passar mais rápido para que tudo volte ao normal.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Uma questão de preferência


Em "Uma série de escolhas" abordei as dificuldades para se desbravar novos mundos. Partindo da ideia que fazemos escolhas a todo tempo podemos verificar outra questão: a preferência. A partir do momento em que optamos por uma coisa geralmente precisamos abrir mão de outra.

Os brinquedos de Toy Story sentem medo de serem deixados de lado em relação aos novos. As crianças no colégio têm o pânico de ser aquela escolhida por último para o time. E quanto aos adultos, quais preferências os assombram? Às vezes perguntamos se fizemos a escolha certa, os menos sensíveis não dão muita importância ao que foi deixado.

Mais complicado do que selecionar itens é escolher pessoas. Podemos fazer amizades, ter uma extensa rede de contatos. Entretanto é preciso cuidar desse conjunto. A frase pode parecer clichê, mais do mesmo, mas é simples e objetiva: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas" Antoine de Saint-Exupéry.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Uma missão?

Existe a crença de que cada ser humano nasce com uma missão. Se é verdade ou não talvez nunca venhamos a saber. Seguimos tantos caminhos na vida: uma carreira profissional, uma história de amizade, uma relação afetiva. Às vezes o destino nos leva para o mesmo lado, podemos conhecer um grande amor no trabalho, em outras as coisas se encaminham para o oposto e nos vemos entre a cruz e a espada.

A típica história de Ugly Betty

A ideia de uma missão para cada pessoa pode fazer com que nos perguntemos se estamos no rumo certo. Quando algo que tentamos uma, duas, várias vezes e aquilo continua dando errado nos questionamos se somos realmente destinados a conseguir. E se não somos, surge a pergunta: para qual missão eu estou aqui e quais serão os passos certos?

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Uma constante: insegurança

Insegurança. Sentimos isso a todo o tempo. Usando uma roupa diferente, visitando uma cidade nova, falando em público para muitas pessoas. Situações para as quais não nos sentimos preparados se mostram como um desafio.

Mas quando fazemos algo de que gostamos, não tem como esconder. Nossos olhos brilham, nossa face se ilumina e nos entregamos ao momento. Tirar fotografias, se dedicar ao cultivo de plantas, praticar uma atividade física. Cada um possui paixão por alguma atividade. Temos várias formas de nos sentir plenos. Às vezes nos sentimos tão bem que parece que tem alguma coisa errada.

É muito bom conseguir uma meta e se sentir completo. Entretanto a vida se constitui numa série de complexidades que se sentir realizado não dura muito tempo. Logo surgem novas carências, e em áreas que não temos facilidade de lidar. Se uma explosão de alegria em determinado núcleo da vida pode suprir outros totalmente distintos? Provavelmente não. Talvez seja o momento de redirecionar esforços na busca por uma plenitude maior ainda.

Foto: Lexie Grey na série Grey's Anatomy

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Um momento para lembrar

Estamos sempre fazendo coisas das quais gostaríamos de nos lembrar. O primeiro dia na faculdade, entrar no mar quando nunca antes, ou quando acreditamos ter conhecido nossa alma gêmea.

Profissionalmente seguimos vários passos para chegar no nosso objetivo. Cada trabalho exige uma série de procedimentos distintos. A maioria dos empregos possui um uniforme. O jornalista não tem um, mas precisa se vestir de acordo com a ocasião da cobertura.

O jornalista de televisão é o que geralmente muda de visual bastante, roupas mais formais em entrevistas e reportagens sérias ou em grandes eventos. Esporte fino ou camisa para o dia-a-dia e matérias solares. Sempre descobrindo novas realidades. O momento em que vestimos para o trabalho pela primeira vez é um daqueles que gostaríamos de nos lembrar.

Fotos: Flávio Fachel/Michelle Loreto (TV Globo)

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Uma nova temporada

Vivemos por conta de ciclos. A terra nos oferece dias mais quentes ou mais frios conforme o ciclo de seus movimentos. Na escola aprendemos sobre o ciclo da água. Já as mulheres possuem um ciclo só delas. Como seres sociais produzimos nossas próprias séries de transformações, às quais podemos fazer marcações para definir inícios e finais de períodos temáticos.

As aulas da UFU retornaram para alguns e começaram para outros nesta segunda-feira (21). Com 120 alunos, o curso de Jornalismo se abre para a recepção de novos indivíduos, diferentes opiniões, outras mentes. É possível ver nessa chegada um modo de fechar um ciclo e começar uma nova temporada. Os antigos personagens continuam, seus dramas se aperfeiçoam, sua comédia e diversão permanece. Outros papéis são designados, os caminhos se misturam, e distintas relações são desenvolvidas.

Final season/2009

Outros acontecimentos levaram a uma reflexão. Uma das primeiras lições que aqueles que buscam se formar como jornalista aprende é: ouvir. São tantas as oportunidades de aprender uma coisa nova. E é pra isso que devemos nos dispor, a ouvir o que o outro tem a dizer. As vantagens de uma mente aberta são infinitas: você descobre a todo momento uma novidade, fica por dentro de tudo o que acontece à sua volta, se identifica com aqueles que passam por situações parecidas, pode vir a ajudar alguém, se torna simpático à diversidade de assuntos e estilos de vida e, acima de tudo, evolui como ser humano.

Hoje foi exibido um vídeo resumindo os sentimentos de dois anos do curso:

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Uma reflexão sobre o tempo

Cultivamos o estilo de vida da correria, do estresse e da urgência. Queremos tudo pra ontem e a cada dia que passa vamos criando novos compromissos. Geralmente de segunda a sexta somos tomados de tarefas, reuniões e cursos em turnos variados. Quando chega o sábado temos a leve sensação de liberdade, nos organizamos para fazer coisas diferentes, colocar a programação em dia. Mas às vezes a única coisa que nos resta a fazer é dormir. É quando recarregamos as energias para começar tudo outra vez.

Nos acostumamos tanto ao modo apressado de lidar com as coisas que às vezes não sabemos com o que preencher o tempo livre que nos resta. Neste sábado (19), o horário de verão chegou ao fim e recuperamos aquela hora perdida em outubro. O que fazer com esse tempinho extra?

"When you think about it an hour isn't very long. Sixty minutes. Thirty-six hundred seconds. That's it." Meredith Grey.

O episódio desta semana de Grey's Anatomy (7.15 - Golden Hour) apresentou-se numa narrativa especial, ao estilo da série 24 Horas de Jack Bauer: toda a ação se concentrou em uma hora do dia (18h) do setor de emergência do Seattle Grace-Mercy West Hospital que estava sob o comando de Meredith. A pergunta que abre o episódio é: "Quantas coisas você consegue realizar em uma hora?". A narração de Meredith diz que na medicina uma hora é muito tempo, chamada 'hora de ouro' e completa: "A mágica janela de tempo que indica se o paciente vive... ou morre."

Ótimas cenas de Cristina e Meredith

Partindo disso foram mostradas diversas situações que motivam quem está assistindo a imaginar que algum dos pacientes não vai resistir até o final do episódio, deixando um permanente clima de tensão no ar. A diversidade dos pacientes e a forma inusitada de cada um é o que valoriza o contexto. Quanto a nós, a hora extra já se foi, mas o que fazer para aproveitar um pouco mais dos minutos de cada dia?

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Uma verdade: Everybody Lies

Mentimos. Numa conversa informal dizemos que está tudo bem apenas para não esticar o assunto, às vezes elogiamos um amigo mesmo quando não concordamos com o modo como ele se veste, em outros momentos fazemos de conta que gostamos de certas coisas quando não é verdade, apenas para que não sejamos excluídos.


A mentira maior é aquela que fazemos para nós mesmos. Quando maquiamos uma situação complicada, quando não conseguimos encontrar uma solução e inventamos. Parece um caminho mais fácil. Se iludir que a vida profissional será suficiente para encobrir as lacunas de uma vida pessoal, ou que relacionamentos curtos e sem envolvimento afetivo podem preencher o espaço de uma relação íntima e duradoura. Fazemos escolhas. Envolvemos metas, projetos e até pessoas nisso tudo.

O medo de correr atrás do que se quer é o que impulsiona a mente a divagar e produzir mentiras que nos mantém satisfeitos por curtos períodos. Até quando? Será que não é o momento de encarar o desafio, sair do mundo das ilusões e lutar por coisas maiores e realmente importantes?

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Um longo trabalho

A coleta seletiva em Uberlândia ainda está no começo, operando no bairro Santa Mônica, como mostrou o quadro Integração Sustentável do MGTV. Trata-se de uma iniciativa importante por parte dos órgãos responsáveis na cidade. Mas quando se trata de lixo podemos ver que o assunto é mais complexo. O descarte daquilo que não precisamos mais não é realizado somente em casa. Quando estamos no trabalho, escola ou passeando a todo o tempo usamos de embalagens ou sacolas ou copos plásticos. Quando não é possível evitar o uso, tudo certo, o problema surge do exagero e da falta de consciência.

Mas a pior parte está por vir: é quando o lixo é jogado fora do devido lugar. Parece simples: Jogar o lixo na lixeira. Mas a complexidade da ação provavelmente corrompe a mente de alguns que por alguma razão inexplicável saem largando a sujeira por onde passam. A via possui funcionários responsáveis por sua limpeza, é claro. Mas a natureza já apresenta o seu trabalho diário, são folhas e galhos de árvores, poeira. Não é necessário colaborar para o aumento da bagunça.

Seja consciente, aos poucos tudo tende a melhorar.



quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Um pouco psicólogo

Nos comunicamos a todo o tempo. Falamos novela das oito, discutimos sobre o valor do salário mínimo, conversamos sobre a vida dos outros. Dizem que segredo para ser um segredo de verdade não deve ser partilhado, mas somos falantes e precisamos dividir certas coisas. Quando falamos de nós mesmos não tem problema. Amigos são também formas de confessionário, nos sentimos melhor quando nos expressamos, mesmo que seja algo já concluído. Um pouco de padres, um pouco de psicólogos, ouvir é sempre importante, mesmo quando se trata de algo banal. Uma conversa sobre o novo colega do trabalho ou sobre as plantas que cresceram no quintal.

Companheiras de confissões, Jane e Stacy/Drop Dead Diva

A questão é: Será que devo me intrometer nos assuntos que não são meus, mesmo quando as pessoas fazem questão de me manter informado? Penso que o melhor a fazer é prestar atenção: às vezes você será alvo de confissões que devem apenas ser ouvidas, em outros momentos você será um divã, deverá ouvir e precisará dar o seu parecer. Complexo é quando seu relato ao final não é aquele que o outro gostaria de ouvir. É quando tudo pode se voltar contra você, que inicialmente não tinha nenhuma relação com o assunto. O que fazer?


Regina Volpato, me entenderia.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Um clima de desconfiança

Somos desconfiados. O temor de conhecer uma pessoa e deixá-la fazer parte de nosso círculo social é comum. Se temos receio a novas situações, nas atitudes tomamos cuidado também com pessoas. Levamos tempo até confiar em colegas e futuros amigos. Analisamos cada atitude, observamos seus passos, julgamos. Quando a amizade é estabelecida nos tornamos fiéis companheiros. Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. Ajudamos nas dificuldades, aceitamos seus deslizes, encobrimos suas furadas. Mas até lá é um longo caminho.

As pessoas estão sujeitas aos erros. Se um amigo conta algo seu para outro quer dizer que traiu você? Ou apenas não sabia que aquilo era para ser mantido em segredo? Nos perguntamos: Em quem confiar? O quê confiar? Afinal, temos também aquilo que é exclusivamente nosso, que por maior que seja a amizade não é para se dividir.

Amigos reunidos em The Big Bang Theory

Quando temos um rompimento na confiança depositada só uma conversa franca pode abrir os caminhos. Já quando se trata do amor romântico tudo se complica. A falta de intimidade aliada à insegurança é um prato cheio para a paranóia. Namorados com ciúmes de amigos, garotas que perdem o rumo vasculhando redes sociais em busca de supostas traições. Todos se tornam prisioneiros das relações que criaram. A partir de então seguem uma série de proibições: não ir a determinados lugares, não conversar com tais pessoas, não sair sem o carcereiro, digo companheiro! Vale a pena?

A simple mistake starts the hardest time, I promise I'll do anything you ask this time.
Chocolate, Snow Patrol

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Um tempo de descobertas

Temos muito a descobrir. Estamos sempre vivendo novas experiências. Conhecer um novo lugar, pedir uma sobremesa diferente, encontrar novas pessoas. Nos perguntamos: como saber se algo é bom se nunca experimentamos?

Podemos ouvir o que os outros contam ou então seguir a intuição. Temos resistência ao que é novo, àquilo que não conhecemos direito. As dúvidas aparecem para inundar o cérebro: "vai ser bom? Poderei voltar atrás? Será que eu consigo? Se todos fazem eu devo fazer?"


É difícil se libertar para novidades, sair da rotina e se arriscar. Porém quanto mais buscamos nos preservar, mais tendemos a fantasiar momentos. As hipóteses ganham grandes proporções e com elas vem o medo. Há o temor de quebrar a cara em algo que ainda não foi desvendado, surge ainda a sombra de um possível arrependimento.

É certo que o mundo está aí para ser vivido, mas o que priorizar? Qual é o ponto de equilíbrio entre ser cauteloso e aventureiro?

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Um mundo pop

Elas são famosas, ganham muito dinheiro e possuem uma imensidão de fãs pelo mundo. As celebridades pop além de lançar tendências tem um diferencial interessante: são exóticas.

Quem mais sai por aí trajando um vestido de carne como Lady Gaga, ou muda as cores de cabelo de preto a ruivo passando por loiro com mil e um penteados como Rihanna? A liberdade de quem ocupa o topo das paradas musicais é algo para se destacar.
Alguns visuais de Rihanna

A cobrança se inverte. Se um superstar surge com algo comum é logo mal visto pela crítica. Lady Gaga não seria a mesma se não chegasse ao palco do Grammy Awards saindo de um ovo, fato que lembrou aos brasileiros a Xuxa Meneghel que saía da nave no seu programa infantil anos atrás.

A nós, pessoas comuns resta a admiração. Observar que por um lado, além da loucura que todo esse universo de fama e sucesso representa, existe também a chance de se viver como se quer, com seu estilo e personalidade que se reflete em canções e ações. Seja Taylor Swift e seus sonhos de princesa, Katy Perry e sua adolescência com toques picantes ou Lady Gaga e o monstro da fama.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Uma canção

Bem mais que o tempo
Que nós perdemos
Ficou pra trás
Também o que nos juntou...

Ainda lembro
Que eu estava lendo
Só prá saber
O que você achou...

Dos versos seus
Tão meus que peço
Dos versos meus
Tão seus que esperem
Que os aceite...



Skank, Resposta.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Uma segunda chance

Cometemos erros, somos humanos. Todos buscamos uma segunda chance. Uma mentira contada, uma pisada na bola, uma traição revelada. Precisamos do perdão para continuar e fazemos a promessa de não estragar tudo outra vez.

Às vezes, o problema do erro é conosco e então procuramos a chance de recomeçar. Ir a novos lugares, fazer viagens, mudar de casa. Conhecer outras pessoas e ambientes, fazer novos vizinhos. Nos apegamos a planos na tentativa de que algo novo e mágico aconteça.

A questão é que para conseguir algo muitas vezes temos que desenvolver habilidades ou somos dependentes de outras pessoas. Precisamos de ajuda, queremos novos rumos. Mas algumas metas possuem tantos obstáculos que não sabemos por onde começar, de novo.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Um pouco sobre anjos

As histórias que vivenciamos nem sempre são inéditas. Por motivos diversos acabamos nos encontrando em situações pelas quais já passamos e às vezes cometemos os mesmos erros. Cada um tem dificuldade em alguma área da vida. Não conseguir subir na carreira, não conseguir engravidar, não saber como vencer a timidez. Nos fazemos de fortes, inabaláveis, quando tudo o que queremos é que alguém nos diga que vai dar tudo certo.

Para quase tudo é possível se arrumar uma solução. Entretanto, quando golpes na autoestima abalam o nosso emocional nos sentimos fracos para lutar e os efeitos vêm em cadeia. Por outro lado, os conselhos são poderosos aliados quando nos sentimos sem expectativa de mudança. Amigos que já passaram por situações parecidas, ou que nos conhecem muito bem, como anjos da guarda nos apontam caminhos para a tentativa de acerto.

É como se um carro quase parando no meio da estrada recebesse um galão extra de gasolina e voltasse à ativa, renovado para mais uma corrida rumo a um objetivo difícil de ser alcançado.

Foto: Fred, anjo da guarda de Deb/Jane em Drop Dead Diva

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Um trabalho divertido


Mais um ciclo se inicia. Juntar ideias, escrever um texto legal, selecionar as melhores fotos, tratar as imagens. Imprimir tudo isso e começar as colagens. Longo trabalho, mas são 03h50 e o "boneco" está pronto, agora é só imprimir tudo. Dormir umas 3 horas. E voilà, uma surpresa!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Uma mudança de planos

Fazemos planos. Até mesmo os menos organizados são planejadores. Temos metas e quando não conseguimos cumprir nossos objetivos nos sentimos frustrados. Até mesmo quando saímos de casa para a faculdade ou para o trabalho fazemos um planejamento mental do trajeto. Mas a imprevisibilidade da vida nos sabota sempre. Trânsito intenso, chuva, atrasos. Apenas algumas das coisas cotidianas que nos impedem de seguir à risca o que nosso cérebro havia traçado anteriormente.

Quando tratamos de relações, seguir o plano é ainda mais complicado. Buscamos compreender as pessoas, temos em nossa mente um roteiro de como pensamos que elas responderão a determinados estímulos. Mas a cada resposta a uma pergunta somos surpreendidos e temos que nos refazer em pouco tempo. No mesmo caminho surpreendemos a todo momento.

Plano B

Somos resistentes a sair do plano. Sonhamos e até idealizamos como as coisas deveriam ser. Mas às vezes as melhores histórias são aquelas com os começos mais estranhos.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Uma divagação sobre o romance

Dizem por aí que quando as pessoas se apaixonam elas passam a ver o mundo de uma ótica cor-de-rosa. "O amor é cego". Seja essa paixão correspondida ou não, é fato que quando alguém começa a gostar de outro as coisas ganham um novo contorno.

Ficamos bobos, a mente passa a divagar por mais tempo. As músicas românticas se tornam mais evidentes, os filmes, as séries e as novelas passam a ser mais envolventes. E a emoção fica à flor da pele, tem gente que chora vendo comercial de margarina e outros que se perdem ao sentir o cheiro de um determinado perfume.

Mas outro lado é bastante interessante de se notar. O lado da não-paixão. Quando o indivíduo está tranquilo sozinho e não se prende aos proclames românticos. Pode-se pensar que tudo o que foi descrito anteriormente seria vivido em menor intensidade. Entretanto não é tão simples assim. As músicas ainda atraem pela sua melodia, o olhar se torna mais aguçado para as demais redes de relacionamento que se constroem nas tramas ficcionais: amizade, companheirismo, fidelidade. O pensamento se desprende da rotina apaixonada de conquistar a pessoa amada um pouco mais a cada dia e se volta para a objetividade que algumas áreas da vida requerem.

Nota: É claro que tudo isso é descrito em escalas de exagero, é difícil estar num momento exclusivo, por isso oscilamos o tempo todo.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Um tesouro da dramaturgia

Uma das mais importantes atrizes da televisão brasileira, Regina duarte completa neste sábado 64 anos. Conhecida como a eterna "namoradinha do Brasil", Regina conquistou o público fazendo essencialmente papéis de mocinha, a heroína das histórias. O título veio com a personagem Patrícia da novela "Minha Doce Namorada" de 1971.

Em entrevista ao programa Estrelas da Angélica, quando perguntada se havia uma preferência sobre papéis a interpretar a atriz foi enfática: "Gosto de fazer o papel de boazinha".

Sua primeira novela na TV Globo foi Véu de Noiva (foto em preto e branco) em 1969, nos anos seguintes vários trabalhos preencheram a carreira de Regina que em 1985 estourava com a personagem Viúva Porcina em Roque Santeiro. Além de muito escandalosa era conhecida por seu jeito atípico e modelitos exóticos, uma parceria ideal com Lima Duarte, confira uma cena clássica:

Três anos depois viria Raquel, a mãe de Maria de Fátima (Glória Pires) em Vale Tudo (Quem matou Odete Roitman). Pobre e crente na bondade das pessoas sofre um golpe da própria filha que vende a casa e foge para o Rio de Janeiro. Quando Raquel encontra a filha as coisas só pioram. Fátima aplica mais armações contra a mãe que além de perder tudo o que tinha perde também o amor de sua vida, Ivan (Antônio Fagundes). É quando começa a mudança e Raquel dá a volta por cima.

Veja mais uma cena marcante da dramaturgia:

Nos anos 90 outras personagens brilharam na telinha: A Rainha da Sucata Maria do Carmo, sua primeira Helena em História de Amor, a segunda Helena de Por Amor com a filha Gabriela Duarte e a minissérie Chiquinha Gonzaga em que Regina usava maquiagem para simular uma idosa.

Em Por Amor, novela marcante de Manoel Carlos, Regina movia a trama partindo da troca dos bebês, quando o de Helena nasce saudável e o filho de Maria Eduarda morre na noite após o parto. O segredo atrapalha o casamento de Helena com Atílio (Antônio Fagundes, novamente), e a revelação acontece quando Eduarda lê no diário da mãe toda a história.



Em 2006 Regina recebe o convite para fazer sua 3ª Helena, Páginas da Vida. A mãe adotiva de uma criança com síndrome de Down rejeitada pela avó Marta (Lília Cabral). Traída pelo marido Greg (José Mayer), Helena reconstrói a vida trabalhando e se dedicando à tarefa de mãe.

Confira no vídeo as Helenas de Maneco, com destaque para as interpretadas pela grande Regina:

Uma incógnita

Somos criativos. Conseguimos criar esculturas, pintar telas, escrever histórias, projetar prédios e monumentos. Ao menos, alguns de nós. Outro tipo de criatividade nos ajuda a resolver as questões do cotidiano.

O problema é que nem sempre conseguimos uma resolução no tempo que queremos. Sendo assim, alguns procuram conselhos de amigos, outros, mais sensíveis, procuram na análise com profissionais um insight para compreender-se melhor.

Às vezes uma única situação coloca-se num impasse. É o suficiente para refletir em todas as outras áreas da vida. O direcionamento da atenção para determinado problema acaba por deixar os demais questionamentos sem combustível. Quando não encontramos respostas para esse impasse e nos sentimos cansados de tentar achar uma solução, simplesmente buscamos distrações.

Assistimos novelas, caminhamos no parque, cantamos no coral da igreja. Cada um encontra uma forma de se desligar, até que aquela incógnita retorna à pauta de nossa mente, ansiosa por ser desvendada.

Quem sabe um dia.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Um desafio: crescer

Na vida exercemos uma infinidade de papéis. Não representamos, mas moldamos nosso comportamento conforme a ocasião. Quando crianças somos além de filhos, podemos ser do primogênito ao caçula, este conhecido por ser sempre o mais mimado. Na escola procuramos um lugar ao sol. Novos e peculiares rótulos caem sobre nossas cabeças: nerds, patricinhas, baderneiros... Alguns são conhecidos pelas funções a que se dispõem a fazer: o jogador do time, a garota dos livros ou o menino que empresta a cola.

Crescemos e com isso buscamos nos diferenciar. Tentamos fugir daqueles rótulos que por tanto tempo nos assombraram. Nos desafiamos a ser além daquilo que os que estão ao redor nos definem. Mas mesmo crescidos ainda somos inseguros, nos importamos com o que os outros pensam (e falam!) de nós. De certa forma é prudente, visto que vivemos em sociedade. Mas às vezes essa preocupação vai além do que esperamos e nos frustramos ao pensar que se nos veem de um certo modo, talvez não possamos ser mais que isso.

Sim, exercemos uma infinidade de papéis. Somos pais quando cuidamos de nossos filhos e até mesmo de nossos amigos quando necessário. Somos filhos quando precisamos de colo e corremos pro abrigo do lar. Somos estudantes quando sentamos na cadeira da sala de aula, e professores quando passamos um conhecimento a um colega e o vemos aplicar. São linhas tênues que atravessamos diariamente.
Crescer não é fácil, não temos script. O desafio maior está em assumir responsabilidades. As linhas difíceis de cruzar são aquelas que separam a infância da adolescência e esta da vida adulta. Se houvesse um limite de idade assim como as maioridades na vida civil, talvez seria mais fácil escolher e compreender as atitudes que tomamos.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Uma vida de sonhos


Os sonhos. São uma parte deliciosa e ao mesmo misteriosa de cada pessoa. Tem aqueles públicos que fazemos questão de comentar cada passo dado em busca da sua realização, e outros, por sua vez, são tão íntimos, secretos, coisa só nossa. Os sonhos vão se reinventando conforme vivemos novas experiências. A realidade às vezes pesa muito, mais do que conseguimos aguentar, é quando desistimos. O que muitas vezes acontece com sonhos de criança de querer ser um astronauta ou uma top model internacional.

Quando um sonho é possível de se fazer real, como ser um grande médico, ainda assim são longos os caminhos para se conseguir isso. É quando desesperadamente devoramos livros, procuramos cursos, e modelos nos quais possamos nos espelhar. "Isso é suficiente ou eu poderia estar fazendo mais?", nos perguntamos.

Muitas vezes um sonho se sobrepõe ao outro. É aí que as dúvidas se multiplicam em nossa cabeça... Ter uma carreira brilhante ou constituir família? O que fazer primeiro, quais escolhas são necessárias para cada lado, e as consequências? É possível adiar um sonho ou quando eu me decidir a voltar a ele será tarde demais?

O mais curioso disso tudo é que a talvez a graça esteja em lutar por aquilo que se sonha. Olhando bem percebemos que é a conquista que nos mantém vivos. É o que nos motiva a seguir em frente e não deixar que pessoas, situações ou circunstâncias apaguem um sonho, que uma vez conquistado, sem dúvida, leva ao êxtase!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Uma profissão polêmica

Contemplamos o seu trabalho todos os dias. Seja numa revista ou jornal, na televisão, em panfletos ou na internet. De alguma forma você vai se deparar com algum anúncio que busca te conquistar. O publicitário, responsável por criar ideias e encontrar maneiras de chamar a atenção do consumidor, faz parte do grupo de profissões repletas de mitos e polêmicas. Assim como advogados e também os jornalistas.

Uma parte interessante do trabalho dos publicitários é a maneira como uma propaganda, quando bem feita, pode se tornar marcante por gerações. Do clássico anúncio Valisere "O primeiro sutiã a gente nunca esquece" à guerra publicitária das cervejas, além do eterno homem dos comerciais da palha de aço Bombril.

Um desejo de criativas ideias e feliz dia do publicitário!

Uma despedida a janeiro

É quando tudo começa. A marca do início de mais um ano: Janeiro, o mês em que são comemorados o dia do fotógrafo (8) e também o aniversário da cidade de São Paulo (25).

Eis que chega ao fim o primeiro mês. Aquele em que ainda extasiados com as festas do final do ano partimos pra luta por recomeçar a vida de maneiras diferentes. Alguns se apegam a listas enormes que os motivam à mudança.
Outros precisam da promessa como forma de se disciplinar, apostando em dietas, exercício físico e corte de hábitos como fumar ou abusar do álcool.

Há ainda quem não faça questão dos rituais típicos dessa época, deixando as coisas seguirem seu curso, sem muito planejamento. Mas independente da forma escolhida, o importante é preservar o que vai além da emoção do momento, aquilo que não se dissipa com o tempo.

Janeiro se despede e o saldo para começar o ano de fato pode ser considerado positivo?