domingo, 2 de dezembro de 2012

Uma lista: 30 fatos sobre mim

- Eu decoro diálogos de filmes, séries e novelas.
- Eu gosto de essência de baunilha.
- Sou fiel, sei perdoar traições, mas leva tempo.
- Eu desenho televisão no vidro em dia de chuva.
- Meu humor vai do pastelão ao ácido.
- Eu gosto de escrever sinopses.
- Não sei disfarçar insatisfação.
- Os toques do meu celular são vinhetas de telejornais.
- Eu fico triste quando alguém pergunta se pode pegar a cadeira vazia ao meu lado.
- Na minha mente estou guardando lugar para alguém especial sentar ali.
- Quero passar minha velhice escrevendo telenovelas.
- Adoro entregar um jornal com um texto meu a um amigo.
- Não gosto de hipsters.
- Já fiz entrevista discordando de tudo o que ouvia.
- Preciso de cinco despertadores para acordar.
- Preciso do som da TV para dormir.
- Eu vejo as pessoas na rua e imagino as suas histórias.
- Às vezes eu crio mentalmente a minha versão das suas vidas.
- Eu tenho um quadro de parede do elenco de Ghost, meu filme favorito.
- Gosto de diários.
- Eu tomo sorvete sozinho.
- Sonho acordado.
- Presto atenção em detalhes.
- Eu penso se um dia vou dar conta de decorar um texto para entrada ao vivo de mais de um minuto.
- Não misturo tomate com feijão.
- Peço a sobrecoxa de frango no RU.
- Se eu não gosto de você, você vai saber sem eu te falar.
- Vejo o mesmo filme várias vezes ao invés de ver um inédito que pode me decepcionar.
- Como verduras e legumes quando estou muito triste.
- Acredito em versões modernas de conto de fadas.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Um recado de Flávio Fachel

       Flávio Fachel, jornalista da TV Globo Rio, retorna a Uberlândia para mediar o debate entre os candidatos à prefeitura que acontece hoje à noite. Na tarde desta quinta-feira o jornalista se encontrou com estudantes de comunicação na sede da TV Integração, afiliada da Rede Globo. Fachel autografou exemplares do seu livro, Dicas de #Telejornalismo, e numa conversa informal, abordou oportunidades e alternativas para o ramo da comunicação. No vídeo abaixo você confere um depoimento de Flávio Fachel exclusivo para o blog.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Uma festa sexual

A sexualidade é algo que está à flor da pele: na telinha, nas músicas, no cinema, na literatura e claro, nos grupos de discussão na internet. Os latinos são conhecidos como os mais fogosos, o calor dos trópicos provocaria efeitos no comportamento e na libido. Lenda ou não, ficamos encantados quando a Suellen surge nas cenas da Avenida Brasil, com uma conduta nada convencional, a personagem é atrevida, não tem vergonha de ser o que muitos chamariam de biscate ou piriguete.
Os anos 60 são conhecidos pela revolução sexual, ali as coisas começaram a mudar, com a divulgação dos métodos contraceptivos e com o reforço da emancipação feminina, novos conceitos surgiram para os relacionamentos interpessoais. Tantas conquistas... Por outro lado, as mais novas gerações sequer têm noção daquilo que seus pais ou avós vivenciaram, entretanto usam a liberdade como pretexto para a quantidade infinita de besteiras que acabam realizando. Acredito que liberdade acompanhada de consciência pode gerar frutos criativos e essenciais para a evolução do homem, infelizmente não é o que acompanhamos hoje.
O mais intrigante é que temos a liberdade para fazer burradas, cada um que cuida de si. Exceto pelo fato de que quando erramos, levamos outras pessoas ao sofrimento. Voltando ao contexto da sexualidade à flor da pele. Chega a ser incompreensível o desejo que as pessoas têm de demonstrar a sexualidade em público. E aqui eu não estou falando de orientação sexual. São festas em que as pessoas tiram as roupas, se divertem com objetos eróticos ou com a presença de dançarinos que mais parecem frangos de padaria que passam o domingo girando naquelas máquinas. Tanta coisa melhor, e mais adequada, para fazer: dançar, beber, e até mesmo paquerar, por que não ficar por aí? Quem sou eu para falar de sexo?! Provavelmente ninguém. Apenas uma pessoa que pensa que o melhor da sexualidade é feito entre quatro paredes, e não em público.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Um destino?


Destino. Alguns acreditam, outros não. Em meio ao livre-arbítrio, um plano traçado, anterior à nossa existência, pode parecer algo um pouco difícil de assimilar. Entretanto, durante a vida passamos por tantas experiências peculiares que pensar nelas como mera coincidência também não é tão simples. Por que fazemos planos? Vivemos num mundo em que tudo funciona com base em agendas. Para não se perder em compromissos temos que procurar algum dispositivo que nos lembre do que devemos fazer e onde devemos estar.
Será que realmente estamos no devido lugar?! Quantas vezes acordamos, cumprimos uma rotina de forma automática, voltamos para casa e queremos apenas colocar a cabeça no travesseiro e dormir? Acredito que a vida não foi feita para a pura reprodução de um dia após o outro, mas sim que cada dia pode e deve ser único! Lutamos, batalhamos e torcemos para que nossos anseios deem certo, e também para que os planos frutifiquem, mas nem sempre as coisas vão para frente. Como explicar quando tentamos tudo, damos o nosso melhor em prol de um objetivo, mas por uma razão maior, ou por alguma conjunção não conseguimos ir adiante? Será que não era a hora e a vez?
A cada quadro surgem pistas, talvez estamos fazendo o certo, talvez insistindo no erro. Aos que acreditam em uma missão e buscam em tudo explicações (que nem sempre vêm no nosso tempo!) resta esperar que as coisas caminhem, que as engrenagens circulem, para que a vida mostre para onde devemos ir.

domingo, 23 de setembro de 2012

Um jardim para cuidar

Ano passado, o mundo em que vivemos chegou à marca de sete bilhões de pessoas. Pense na quantidade de ligações que podem ser feitas entre esses indivíduos. De amizades a inimizades, contando aqueles que fazem parte de nossa árvore genealógica, são muitas as possibilidades. Agora pense por um momento em quantas vezes você já acreditou que estava apaixonado por uma pessoa durante a vida. Mais fundo, pense nas histórias que você imaginou que seriam para a vida toda, mas não foram adiante. Por um lado é um pesar, mas por outro podemos encarar as nossas idas e vindas como ganho de experiência. A cada tentativa de fazer dar certo estamos entregando um pouco de nós, e mesmo quando não recebemos muito em troca, passamos a um nível superior de maturidade e expectativa.
A vida é complicada, sobretudo quando você tenta seguir um caminho diferente do adotado pela maioria. Entre diversas coisas a temer, e nesse sentido podemos falar da solidão, uma olhada atenta à volta pode ser tranquilizadora. Voltando aos sete bilhões de humanos, não há motivo para o apego a uma história que não deu certo, muito menos espaço para amores platônicos. Todos nós temos dezenas de qualidades e muitos defeitos, com certeza. Um encontro em que duas personalidades se encaixam pode ser o começo de uma grande história a dois. Somos uma geração de impacientes e lidamos com tudo de forma intensa. Quando gostamos é amor, quando não é a indiferença. Não há uma solução para a ansiedade de viver um romance, mas uma alternativa pode ser o exercício da paciência: cursos de aperfeiçoamento, trabalho voluntário, e claro, cuidar de si mesmo. Dizem que quando cuidamos do nosso jardim as borboletas aparecem, que assim seja.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Um grande desencontro

I'm here, please, talk to me

As pessoas mudam. Ao menos é isso que nos dizem quando temos que lidar com alguém que está sendo difícil de aturar, ou é o que muita gente pensa quando está em um relacionamento sério. Às vezes é realmente bom acreditar que elas mudam, que existe nelas um potencial de evolução. Caminhamos pela vida, nos desencontramos dos amigos, entre idas e vindas acabamos nos unindo novamente, e bum! Aquela pessoa não é mais a mesma, o que é um tanto quanto chato, ou no mínimo estranho. 
É certo que todos bebemos de diversas fontes, provamos sabores, vivenciamos novas experiências a cada temporada, mas é possível que uma pessoa tão próxima se torne quase um desconhecido?! A vontade é de perguntar: "como você chegou até aqui?", mas acredito que sequer temos noção do quanto mudamos em tão pouco tempo, logo, conseguir uma resposta objetiva seria improvável.
O sentimento de perda é inevitável, e tentar retomar o ponto de onde paramos é um desafio, mesmo quando a vontade é grande. Quando qualquer tentativa de puxar um assunto não é bem sucedida e impera aquele silêncio constrangedor talvez seja hora de repensar. Como uma grande peça de teatro, todos temos um papel na vida uns dos outros, assim também deve existir uma deixa para a saída. Viver de memórias, às vezes, é uma boa estratégia, visto que a maioria delas é insubstituível, intocável e preciosa. 

domingo, 16 de setembro de 2012

Um ano em que perdi tudo

        Já tem um tempo que dizem que 2012 seria o último ano nesse mundo que conhecemos, até um filme foi feito para demonstrar cientificamente como seria o nosso terrível final, se bem que no seu desfecho muita gente vive. Hollywood, né! Apesar de não acreditar em nenhuma dessas profecias posso dizer que não foi um bom ano, não na essência. Se me perguntassem o que vou levo de 2012 eu diria: as perdas.
Izzie Stevens, I miss you so much!
        Eu perdi muitas batalhas em 2012, perdi tudo. Uma frase resume bem: “Odeio quando planejo as coisas na minha mente e as outras pessoas não seguem o script”. Talvez seja isso que faça a vida ter graça, mas é daí que surgem as nossas piores decepções. O script é uma brincadeira, mas no fundo sempre criamos expectativas. Perdi amores, ou a chance de começar uma grande história, perdi paqueras e pra completar perdi amigos.
        Claro que a saga continua na vida profissional. A começar por um penúltimo semestre conturbado. O projeto experimental de um programa de TV, todo idealizado na minha mente, não se concretizou. Aceitamos fazer o programa de rádio que nos impuseram. A primeira surpresa: perdemos nossa orientadora. Isso após um semestre acostumando com a professora e tomando gosto por trabalhar com ela. Lá vamos nós... Mais uma vez era o momento de aprender a fazer as coisas na marra. Outro projeto, o de monografia, que, a meu ver, estava bastante coerente, foi classificado como um dos piores. Até hoje me revolta a falta de consideração de quem julgou tudo aquilo com um olhar totalmente exterior.
        Mas pra cair ainda tem chão, então, na metade do período os docentes deflagram a greve. Logo após vêm os técnicos e em seguida o resto do país. Exagero, talvez. Como bom curso de Comunicação que somos não há um consenso e, então, continuamos algumas aulas, fechamos nossas bancas, com orientação à distância, e fica apenas uma pendência. Considerando que nesse meio tempo estou perdendo vagas (sim, no plural!) de estágio pelo simples fato de nossa grade horária ter sido planejada distribuindo os turnos na forma de uma onda: manhã, tarde, manhã, tarde. Uso de laboratórios, adequação ao horário dos demais professores, 160 alunos. É, as razões são infinitas, compreensíveis e eu não dou a mínima para elas.
     Eis que chega o estado de greve completo: nada para fazer, nenhuma preocupação, apenas aguardando o governo negociar. Vagas de estágio aparecem: é a minha vez, minha chance, eu vejo brilhar pra mim. Nada disso, era apenas a luz do caminhão que viria a passar por cima de mim. Novamente preparado, cabelo escovado, texto em minha mente, sorriso sincero. Não é isso que eles procuram. Um parêntese: pelo menos uma vez por semana você vai encontrar uma reportagem no Jornal Hoje ou Jornal da Globo sobre como se dar bem e ingressar no mercado de trabalho. Bullshit! Não passam de regrinhas que podem ajudar aqueles que já não possuem a mínima noção e poderiam aparecer com um grande decote ou abrir a boca para falar mal da sua antiga empresa. A questão é que você nunca será capaz de decodificar a mente do RH (pra dizer a verdade, acho que nem eles se entendem). Enfim, como uma anciã local diria: “um dia dá certo”.
      Acho que chega um ponto em que não é possível perder mais nada, acho que estou quase lá. Então a formatura que seria em dezembro será em abril, mas não vai fazer muita diferença visto que será uma graduação sem honras, ao menos para o famoso Jornalismo de mercado. Quem sabe o meu destino não é ser um intrépido repórter, mas sim um acadêmico empoeirado, cercado de livros e orientandos em busca de créditos. Minha mãe diria para eu não postar tudo isso, but... Cristina Yang approves!

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Um ser chamado predador

A Verdade Nua e Crua

 Tudo é uma competição, a começar pela maneira como somos concebidos. Evoluímos, quando crianças queremos ter o melhor brinquedo, mostrar para os coleguinhas, exibir um presente caro. O diálogo na infância é sempre repleto de advérbios de intensidade, mesmo que ainda usados incorretamente, “o meu é o mais melhor de todos” é uma frase comum de se ouvir. Mais uma vez crescemos, os adolescentes competem entre si por um espaço na sociedade, em busca da diferenciação. Na vida adulta, a competição é acirrada, a procura por uma vaga no mercado de trabalho envolve preparo teórico, técnico e emocional, muitos ficam pra trás.
                Na vida afetiva existem seres que utilizam a racionalidade e técnicas bem definidas para ir atrás do que querem: paquera, sedução e conquista. Por meio de artifícios simples, banais e, até mesmo, rudimentares, esses indivíduos fazem a sua morada na noite das cidades, principalmente em boates. São os predadores. Tanto homens e mulheres, o seu objetivo não é o prazer de se relacionar com o outro, mas sim a conquista e o gosto de tarefa cumprida. Repare quando surge alguém novo numa roda de amigos. Caso haja dois ou mais predadores presentes surge imediatamente uma competição, mesmo que ela não seja explícita. A civilidade é deixada de lado.
                Supondo que você esteja interessado em uma pessoa, caso haja um predador à mesa, tenha cautela, ou você pode ficar para trás. No momento da caçada nada mais importa para o predador: ele vai passar por cima de convicções, de amizades, do bom senso e até mesmo de você! E quando ele fizer isso, tendo a presa em seus braços, terá conseguido aquilo que queria desde o início: o sabor da vitória. O que contém esse sabor?! Autoafirmação, insegurança, e imaturidade. Já a presa será descartada o mais rápido possível, como uma sacola plástica, ou menos que isso, visto que dura tão pouco e vale menos ainda para um predador. A partir daí este ser sairá em busca de novas presas para tentar preencher o vazio que assola a sua alma vazia e incapaz de ir além.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Um jeito (desesperado) de ser



Dizem que nós temos a capacidade de escolher quem queremos ser. Entretanto, ao mesmo tempo, desde crianças recebemos uma carga de influência muito intensa. Dos pais vêm a visão do que é certo e errado, um modelo a se seguir, com os irmãos aprendemos que seguindo determinados caminhos podemos nos dar bem ou quebrar a cara. A vizinhança que nos cerca ajuda na opção por quem queremos ser. Exemplos não faltam, bons e ruins.
Perfeccionismo, mania de controle, egoísmo, síndrome de Atlas. Várias definições e rótulos surgem quando queremos abraçar o mundo com os braços e as pernas. Dar conta de tudo é um desafio, e nem sempre escolhemos fazer desse jeito, apenas acontece assim. O retorno nem sempre é positivo: nos desdobramos, investimos toda a nossa energia em uma rotina desgastante, deixamos momentos bons passarem despercebidos e, muitas vezes, não recebemos nada em troca.
A intenção é trabalhar como as formiguinhas no inverno, construir um futuro sólido e quem sabe desfrutar disso. O desespero vale a pena?! E parece que a faculdade não passa de um treino: Can we panic now?


sábado, 2 de junho de 2012

Um olhar sobre chegadas e partidas



“Eles chegam muito animados”. 

Com essa frase dei início à minha primeira reportagem de TV. A expressão se referia ao ingresso dos alunos na faculdade, que acontece, geralmente, por volta dos 17 anos. É uma fase única na vida de qualquer jovem: a escolha por uma profissão. Das longas horas de estudo ao esforço nos simulados, eis que chega aquele grande dia: o vestibular.
Temos centenas de informações na cabeça: “Filho, lembre-se de beber água, coma alguma coisa”, “comece pelas mais fáceis”, “tente não deixar nada em branco”, “eu acredito em você, vai dar certo!”. O cenário mais comum é o campus da Universidade, com várias tendas de cursinhos preparatórios, centenas de pessoas aglomeradas, conversas, gritos, reencontros e orações. Cada um ali pede por uma coisa, coisa boa. Faz calor.
Do outro lado do portão uma equipe está pronta para receber os milhares de candidatos ansiosos e preocupados, que levam nas mãos garrafas de água, barras de cereal e um documento. No coração a expectativa dos meses de preparação misturada ao medo do que pode acontecer a seguir e, ainda, a projeção do sonho de uma futura profissão.
Esta imagem é um registro feito na manhã deste sábado: o campus Santa Mônica do lado de dentro. A entrada é restrita nos dias de vestibular e tudo estava bastante calmo. Ao descer por esse caminho encarei no lado de fora: o início da aglomeração de estudantes, a movimentação dos seguranças, a chegada dos fiscais e um repórter começando sua cobertura. Ao observar isso tudo, o sentimento de quem está deixando a Universidade em pouco mais de seis meses é de renovação. Ver essa combinação de temor e agitação, sorrisos nervosos e esperança no olhar dá mais que alegria: revigoração!

domingo, 27 de maio de 2012

Um novo começo


A evolução, ainda que natural, não é algo fácil. Dizem que a tendência é de que com o tempo nos tornemos cada vez melhores. Assim funciona com os vinhos, quanto mais velhos, mais saborosos são. Uma metáfora pouco apropriada para alguém que não bebe, mas fica o sentido, rs. Para crescer precisamos desatar laços e quebrar barreiras. Nessa vida atribulada, o sucesso tem sido bastante associado à ascensão profissional.
Grey's Anatomy: Put me in, coach.
O bom do trabalho é que esperamos vários retornos: um bom salário, o encontro com a nossa vocação, a ocupação do tempo e da mente. Quem está prestes a mergulhar no mercado de trabalho possui diversas expectativas, sonhos e planos. Procuro encontrar a vida na sua essência, conhecer por meio de reportagens jornalísticas o maior número de histórias e pessoas. Nesse meio tempo, a meta é tentar entender as razões pelas quais as coisas tomam determinados caminhos, descobrir a humanidade que há por trás dos relatos.
A mudança de fase, essa troca do treino pelo jogo de verdade, é esperada com ansiedade. O anseio por seguir adiante está intrinsecamente aliado à vontade de deixar histórias antigas, ainda que pulsantes, para trás. Nem sempre conseguimos dar um encerramento nas tramas que estamos envolvidos, assim, mudar de ambiente, trocar de cenário pode ser uma solução. Enquanto isso, ver fotos de lugares diversos, imaginar uma nova vida, um novo começo pode ser reconfortante.
Um bom lugar para recomeçar

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Uma mania de complicar


Temos uma séria mania de complicar as coisas quando podemos facilitar! As crianças possuem uma grande vantagem sobre os adultos: quando elas querem elas pedem, mesmo que nem sempre esse desejo seja atendido. Mas o tempo passa, a gente cresce e começa a sucumbir a tantos processos sociais que, quando paramos para observar, aquelas aspirações são pouco a pouco reprimidas.
A pergunta é simples: se eu quero um sorvete de morango porque motivo eu vou pedir um sorvete de chocolate? Complicamos. O medo do escuro vai embora para a maioria, mas outros aparecem com força maior ainda: rejeição, fracasso, desilusão. Se por um lado a autocensura limita nosso anseio de correr atrás do que queremos, sendo isso aparentemente correto ou não, às vezes bate uma enorme vontade de sair fazendo besteiras, sem olhar pra trás.
O mais curioso é que conseguimos observar a mesma hesitação naqueles que estão à nossa volta: “não dou um passo, tenho receio”, outros devem se sentir assim, e nada sai do lugar. Um desafio comum é se estabelecer, superar o medo de sofrer um tombo, aguentar os efeitos de um passo, as consequências dessa interação e tentar pensar menos para, quem sabe, mover uma peça.

Uma conversa cotidiana

     Não temos controle sobre nosso próprio destino. Fazemos escolhas e traçamos caminhos. Temos domínio do pequeno quadro, mas a organização dos acontecimentos segue uma sequência desconhecida. Quando tudo parece parado demais ficamos à espera de um empurrão que poderia facilitar as coisas ou reforçar a motivação para seguir adiante. Torcemos então para que a vida nos apresente grandes desfechos, ou pelo menos ganchos diários emocionantes como nas novelas, e às vezes somos surpreendidos com uma cena inusitada.  
    Entretanto, na maior parte do tempo, pela falta de controle dos fatos acabamos criando expectativas sobre os acontecimentos e sobre as pessoas. De diferentes intensidades, acreditamos que elas possam nos ajudar nos percursos difíceis, pensamos que, mesmo quando distantes, elas estarão sempre por perto ou, menos que isso, esperamos poder contar com uma conversa cotidiana e banal. Precisamos conversar, contar aquilo que ocorreu de bom e, às vezes, desabafar angústias enquanto tomamos um café. Mas as coisas mudam, o ritmo de vida faz com pessoas se afastem, amizades esfriem e quando notamos, estamos de frente para desconhecidos. De outro lado, nos vemos diante de desconhecidos que nos percebem com mais perspicácia do que imaginávamos. 
    Com a ilusão de uma mensagem que não chegou ou a rotina cheia do outro lado da tela procuramos desculpas para não acreditar que existem pessoas que não fazem questão da nossa amizade ou o que seja. Quando as tentativas de aproximação não se mostram eficientes e um pesar passa a tomar conta a solução é deixar de lado e guardar na memória o que foi bom.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Uma bolinha verde

Uma bolinha verde. É tudo o que você representa hoje. Chegaram em três, mas a maior discrição me chamou mais a atenção. O tempo foi passando, o encontro pontual e semanal marcou a amizade, mas a vida tem seus caminhos curiosos e cada um foi para um lado. 

A timidez e o jeito doce no olhar conquistaram um coração recém partido. A esperança que iria dar certo, as idas e vindas por trás de uma cortina e as tentativas diversas marcaram um período. A noite e suas surpresas, a incompatibilidade de duas pessoas lentas e a expectativa pela cena mágica que não aconteceu. A vontade de dizer uma centena de palavras, sentimentos e anseios, o desejo eterno de um longo abraço, mas ainda não. Uma bolinha verde, infelizmente, é tudo o que você representa hoje.

domingo, 13 de maio de 2012

Um colecionador de histórias

       Tenho a mania de dizer que se tenho um papel nessa vida com certeza ele é o de narrador. Dos três tipos, aquele que menos participa, o observador. Na época de escola, na hora de escolher quem ia ler cada parte de uma história, desde então eu já me posicionava assim. A televisão e o cinema ensinam que a vida é feita de grandes acontecimentos. Que vamos encontrar o amor de nossas vidas quando menos esperamos, em um dia chuvoso de verão ou durante uma trombada em que nossos livros vão pelos ares simultaneamente a uma troca de olhares com faíscas. De onde vem essa bobagem de que quando paramos de esperar é que as coisas acontecem? Está mais pra dica de Christina Rocha nos Casos de Família.
       A realidade é que a vida não funciona assim, e mesmo tentando seguir um manual, pode ser que nada funcione. Os acontecimentos possuem uma dinâmica misteriosa e tentar desvendar as motivações pelas quais acabamos nos destinando a determinados caminhos só gera uma infinidade de perguntas. Dizem para sermos a pessoa que queremos ver refletida no espelho, que só depende de nós, mas isso é uma grande mentira. Nada no mundo acontece por acaso, toda ação tem uma reação, já afirmam os físicos. Para cada movimento que fazemos nesse grande tabuleiro, outras pessoas também se deslocam, gerando uma série de ocorrências.
    Acreditar que o destino é uma poderosa força que atua sobre nós como se fôssemos marionetes é uma bobagem, uma acomodação. Entretanto, confortáveis na cadeira, ou cansados de correr atrás, às vezes gostamos de acreditar que um dia tudo vai se resolver automaticamente, "quando menos esperamos". As pessoas são confusas, indecisas e contraditórias. A falta de posicionamento e a incapacidade de assumir responsabilidades, ainda mais no campo afetivo, é algo desanimador. Apesar de tudo, para aquele que tem o encargo do narrador, que apenas acompanha as tramas que acontecem à sua volta, um consolo é poder reunir as mais interessantes e contá-las na forma de ficção algum dia. 

segunda-feira, 7 de maio de 2012

A theory

I have a theory: people don't grow. They just don't. They get old, they grow physically, only their bodies. Inside they are the same: concerned about what waits for them, afraid of the others thoughts, worried about what kind of memories will be left. In spite of a hard work, we are lonely children waiting for someone that come take us out from a dark place, giving some cookies and milk. And, of course, letting us watch cartoons until we fall asleep. We want desperately things to continue to be our way. It seems a better scene than reality.

domingo, 29 de abril de 2012

Um alguém

Procuro alguém que:

- entenda quando eu não quiser sair de casa no último capítulo da novela.
- aceite que às vezes eu gosto das coisas do meu jeito e teimo que vai dar certo assim.
- saiba que quando eu falo "então tá" provavelmente estou sem paciência de levar a discussão adiante.
- não leve a mal quando eu quiser dormir de edredom em pleno verão.
- acredite no meu sonho de trabalhar numa grande emissora de TV e morar em Ipanema.
- perceba que tenho uma sensibilidade aflorada embaixo da máscara da objetividade.
- goste de Grey's Anatomy ou finja interesse quando eu me mostrar empolgado com uma cena.
- saiba quem são Paola Bracho e Paulina Martins.
- não fique entediado quando eu passar horas falando sobre telejornalismo.
- entenda quando eu usar um dos 500 personagens marcantes da ficção para dar exemplos.
- me segure firme quando eu estiver me partindo em pedaços por não conseguir cumprir o que me programei.
- tenha paciência com meus altos e baixos.
- compreenda que não consumo bebidas alcoólicas e não tenho essa pretensão.
- não me ache louco por ouvir Taylor Swift e The Strokes.
- goste de trocar SMS durante o dia.
- saiba o que é meme e entenda a sua graça.
- veja além da minha personalidade acadêmico-profissional.
- não procure por perfeição estética, emocional ou comportamental.
- goste de receber cuidados, agrados, carinhos e mimos.
- troque uma noite na balada por pipoca e televisão.
- considere a vida de um jornalista com plantões e horários irregulares.
- não se preocupe quando eu estiver chorando pela morte de um personagem e não por pessoas reais em outro momento.
- me ofereça doces quando o dia estiver ruim.
- tenha ficado do lado da Manu em A Vida da Gente.
- não julgue a minha falta de interesse por roupas da moda.
- não seja doce demais, nem sensível demais.
- respeite meu medo do escuro.
- encha o pneu da minha bicicleta de ar porque eu não dou conta.
- queira ser feliz.

domingo, 11 de março de 2012

Uma lista de coisas que não vejo sentido - parte 1

-Globeleza
-MMA
-táxi cobrando 4 reais quando você entra nele
-usar rede social apenas para reclamar
-sexo anônimo
-beber a ponto de esquecer
-torcidas violentas
-alguns tipos de recordes
-encontro em que cada um fica no seu celular

-gente que odeia o trabalho que escolheu
-vendedor que te trata mal
-tumblr
-Chico Pinheiro
-bairrismo
-dieta sem indicação médica
-palavrão como pontuação
-impedimento
-capela do Center Shopping
-inferno astral
-não gostar de doces
-hipster

Atenção: Esta não é uma lista completa
(baseado no livro A Estrela Mais Brilhante No Céu, de Marian Keyes)

sábado, 10 de março de 2012

Um dia de bem viver

Confira o depoimento exclusivo de Mônica Cunha para o Lucas Feelings.



Um dia para cuidar da saúde, para lembrar do que é importante, este foi o Bem Viver especial para a mulher. Elas são sensíveis e intuitivas, além de delicadas e reflexivas. Você consegue decodificar o que se passa na mente de uma mulher apenas por um traço no seu rosto, por outro lado, quando elas realmente querem guardar um segredo, conseguem levar aquilo com elas para a outra vida. Sexo frágil só se estivermos falando em carregar uma caixa. Quando a vida envia as suas provações mais pesadas vemos que, na essência, a fortaleza é feminina e todos os homens se rendem a isso.
Graciele Soares ao vivo no Bem Viver

sexta-feira, 2 de março de 2012

Uma zona de amizade

O ser humano tende a complicar, repare. A friend zone ou zona de amizade pode ser considerada aquele ponto da relação entre duas pessoas em que a afetividade se encaminha mais para o lado fraterno do que para o sexual. Pode começar com uma pessoa apaixonada de forma platônica, a qual se mantém ali buscando agradar o outro de todas as maneiras possíveis, na função de grande amiga, e quando o apaixonado se declara vem a típica frase "gosto de você, mas só como amigo". Ou nem isso.

Uma outra visão da friend zone: rebaixamento
Se você frequentemente está sendo enviado para a friend zone, das duas uma: ou você é a pessoa mais legal do mundo e um dia ainda vai sentar no sofá da Hebe ou então não possui atrativos sexuais na visão das pessoas com as quais têm se relacionado e vai ficar pra tia. A desvantagem para um lado: há também quem sacia suas necessidades com membros da friend zone, mas a procura só acontece quando lhe é conveniente, o que pode acabar mal para qualquer forma de afeto entre os envolvidos.

No meio disso tudo existe ainda a galera que 'pega e não se apega', quando os dois conseguem separar amor de sexo e aproveitam a amizade para se dedicar ao que os antigos chamariam de "amizade colorida". Hoje, amigos com benefícios e outros títulos mais modernos e impublicáveis definem a relação que serve de válvula de escape quando o desejo fala mais alto, sem nenhum comprometimento posterior e muito menos culpa. Hollywood ensina que da maioria dos casais da zona de amizade terminam no amor pleno, mas a comédia romântica é o conto de fadas dos adultos, então...

E você, como lida com a sua friend zone?

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Uma visão maniqueísta

Eu só queria que as pessoas entendessem que as coisas não são tão simples quanto parecem. Essa vida moderna que inventaram em que todo mundo é produtor de conteúdo é também a oportunidade para influenciar as pessoas que muitas vezes possuem informação limitada. Nas cidades pequenas é comum a disseminação de boatos na velocidade da luz, a vizinha conta um conto para a prima do cunhado da dona da vendinha de frutas que quando chega até o tio da nora do farmacêutico já ganhou 10 pontos. Na era da internet o mundo virou uma cidade pequena: Village Wide Web.

O bairro mais famoso, o Facebook, é o portal para que os dados se espalhem como um vírus. Checar as informações é o primeiro passo para se passar qualquer coisa adiante. Entretanto, na pressa por apertar o botão de "curtir" ou "compartilhar" as pessoas não se preocupam se estão enviando uma bobagem ou pior, uma grande mentira para sua lista de contatos. São crianças que receberão dinheiro para a cura de doenças, homenagens fúnebres a artistas que ainda estão vivos ou então denúncias de espancadores de animais, é grande a variedade de boatos que se tornam fatos diante de tanta repetição.
"Salvando o mundo daqui do meu universo cor de rosa, onde é seguro"

E ainda existe o lado da crítica não fundamentada, das pessoas que tomam posicionamentos sem conhecer o campo sobre o qual se propõem a defender. Antes de sair protestando com um vídeo procure saber toda a história por trás daquele conflito. Equívocos não faltam. O que mata é a visão maniqueísta de mundo, na qual o sujeito escolhe vilões (o professor, o governo, a mídia, a falta de oportunidade) contra os quais luta com as ferramentas que domina: curtir, compartilhar, retuitar. A geração do revolucionário de sofá não desencanta, aplaudir aqueles que apenas fazem barulho e colocá-los no topo dos Trending Topics do Twitter não faz muita diferença pro mundo, não. Eu só queria que as pessoas entendessem que as coisas não são tão simples quanto parecem.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Uma denúncia

Sabemos que viver nas grandes cidades significa estar envolto em concreto, cimento e ar com qualidade inferior. Estamos diante de problemas cotidianos como o elevado índice de violência e a insuficiência de transporte coletivo. As obras se espalham pela cidade, novos viadutos saem das plantas, revitalização das vias, do outro lado, moradores de bairros distantes do centro convivem com buracos gigantes, quando não com ruas sem asfalto. Além disso, por toda parte encontramos lotes vagos pela especulação imobiliária, e também aqueles que são de posse da prefeitura de Uberlândia. É onde eu quero chegar.


No chamado “conjunto Santa Mônica”, um agrupado de ruas ao lado do terminal Santa Luzia, existem áreas verdes para o descanso e convívio dos moradores. O espaço denominado área verde pode ser compreendido como “local onde há o predomínio de vegetação arbórea, englobando as praças, os jardins públicos e os parques urbanos.”

Entretanto, o que se encontra nas áreas verdes do Conjunto são lotes abandonados, a maioria sem nenhum tipo de cuidado. Alguns foram tratados por moradores e mantém
uma aparência decente, o que é de obrigação da prefeitura. Veja você que quando um cidadão possui um terreno sem construção e o mato começa a tomar conta do lugar, a prefeitura cobra que seja feita a limpeza e tratamento da área, para o bem dos moradores vizinhos, mas e quando a própria prefeitura não faz o seu dever de casa?

Outro problema é a falta de calçamento, não existem passeios na área. Os cidadãos que caminham pela rua Otair Guimarães Naves são obrigados a transitar pela via, no meio de carros. E mais: as reformas no terminal de ônibus Santa Luzia fizeram com que mais ônibus trafeguem por essa rua, o que torna o trânsito mais perigoso para o pedestre.
“A cidade não pode ser vista meramente como um mecanismo físico e uma construção artificial. Esta é envolvida nos processos vitais das pessoas que a compõe; é um produto da natureza e particularmente da natureza humana” Robert Ezra Park (1973, p. 26)

sábado, 21 de janeiro de 2012

Uma alma gêmea

O mundo é um lugar romântico. Se você parar pra ouvir vai reparar que 90% das músicas falam sobre um alguém. Seja sobre alguém que o deixou, aquele que deve ser esquecido ou quem faz seu coração bater mais rápido. Das canções mais melosas às batidas eletrônicas, todas trazem uma história de amor perdida no tempo. Do amor tradicional, aquele que surge de uma amizade, se torna namoro, noivado e enfim casamento aos amores tórridos que nascem de cenários inóspitos, repletos de idas e vindas com bastante sexo de reconciliação, bom, assim é feito o mundo, o lugar do romance.

Considerar a teoria da alma gêmea numa época marcada pela razão é até algo ridículo, mas quem não se torna um bobo quando o assunto é a paixão?! Dizem que todo mundo tem a sua metade da laranja, mas vem a pergunta: como será essa outra metade? Sendo gêmea, deveríamos imaginar que o seu parceiro no amor será alguém exatamente igual a você ou será aquele que virá para preencher as suas lacunas? Como descobrir a alma gêmea num planeta de 7 bilhões é um desafio e tanto, há quem já tenha vivido a experiência de se relacionar com gente muito parecida e também o outro lado, namorando quem parece ser o seu oposto. Há relatos que das duas maneiras pode dar muito certo ou muito errado. Daí surge o outro ditado "os opostos se atraem", mas há amor que resista a diferenças gritantes por muito tempo?

Dizem que basta entrar em um relacionamento para que apareçam dezenas de pessoas interessadas em você, mas parece que inventar isso no status do Facebook não é uma alternativa, não. Todos os dias estamos diante de casais felizes, de histórias de amor que nasceram na fila do banco ou na sorveteria do bairro e os que estão sozinhos se perguntam se não estão indo na sorveteria certa.
Temos a mania de idealizar: esperamos o emprego perfeito, a turma perfeita, a vizinhança perfeita. E por quê não a alma gêmea perfeita? No fundo do nosso inconsciente existe a expectativa de que um dia estaremos carregando uma pilha de livros, quando uma pessoa com pressa vai cruzar nosso caminho, derrubando tudo no chão e que, retornando para ajudar a recolher nossas coisas, tudo ficará em câmera lenta, surgindo a clássica troca de olhares e BUM! O amor acontece. Mas talvez isso dê mais certo nos filmes da Katherine Heigl.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Uma liberdade conquistada

Gostamos de liberdade. Ao menos sabemos afirmar isso a todo instante. Penso que nunca estamos prontos pra ela. Quando crianças queremos a independência, mostrar para os coleguinhas que já não somos crianças, mas sim mocinhas e homenzinhos. Na adolescência as coisas se tornam mais radicais. Buscamos a diferenciação e tudo é motivo para rebeldia, com as desculpas na "liberdade". Cruzamos a linha para a vida adulta e não percebemos, talvez hoje muito menos que no passado. A adolescência ultrapassa a faixa dos 20 anos e nos perguntamos onde estamos.

A liberdade que antes batalhávamos para ter, agora aparece com os encargos das responsabilidades, é isso o que nos ajuda a amadurecer. Passamos a ser responsáveis por nossas escolhas e, mais que isso, a arcar com as consequências delas. Quando nos libertamos das amarras morais e legais da menoridade, aos poucos vamos cortando também determinados laços que nos foram impostos. Alguns deixam para trás valores aprendidos, a religião ensinada pelos pais ou os ideais recebidos até então.

Mas ao passo que estamos deixando certas coisas nos apegamos a outras. Há quem encontre conforto na vida de festas, outros adotam a bebida e outras dependências, tem também quem mostre dedicação total, e exclusiva, ao trabalho ou aqueles que se escondem por baixo de algum manto sagrado. São diversas as formas que procuramos para preencher nossos vazios. Sobretudo quando não sabemos o que fazer com a liberdade que o mundo nos concede, às vezes, de uma hora pra outra.

Foto: Zoe Hart começa outra vida na série "Hart of Dixie"

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Uma série de erros

Daí vem o ano novo, com ele a promessa de fazer mais, de ir além, de ser feliz. Mas e quando a promessa de tentar fazer dar certo encontra a barreira chamada conflitos da realidade? O que fazer quando por mais que sua vontade seja infinita, os arranjos do destino insistam em te manter distante das suas mais queridas realizações?

Estamos dispersos em sonhos impossíveis, outros prováveis e ainda há aqueles pelos quais precisamos batalhar. Saindo do mundo da projeção damos de cara com as dificuldades colocadas à nossa frente por diferentes atores. Para conseguir levar um projeto para o plano da realidade não dependemos apenas de força de vontade, perseverança e fé. Podemos ter tudo isso, procurar qualificação das maneiras com as quais conseguimos e, mesmo assim, ver um sonho ficar cada vez mais distante. O mundo não se adapta a você, mas você nem sempre sabe por onde tentar conquistar o mundo.

Sentimos o gosto do fracasso, não sabemos a quem culpar ou em que aspecto estamos errando. Cada vez que dá errado é um golpe na autoestima que levará algum tempo para melhorar. Até o ciclo recomeçar.

Foto: Izzie perde a competição entre os internos, Grey's Anatomy.