Sabemos que viver nas grandes cidades significa estar envolto em concreto, cimento e ar com qualidade inferior. Estamos diante de problemas cotidianos como o elevado índice de violência e a insuficiência de transporte coletivo. As obras se espalham pela cidade, novos viadutos saem das plantas, revitalização das vias, do outro lado, moradores de bairros distantes do centro convivem com buracos gigantes, quando não com ruas sem asfalto. Além disso, por toda parte encontramos lotes vagos pela especulação imobiliária, e também aqueles que são de posse da prefeitura de Uberlândia. É onde eu quero chegar.

No chamado “conjunto Santa Mônica”, um agrupado de ruas ao lado do terminal Santa Luzia, existem áreas verdes para o descanso e convívio dos moradores. O espaço denominado área verde pode ser compreendido como “local onde há o predomínio de vegetação arbórea, englobando as praças, os jardins públicos e os parques urbanos.”
Entretanto, o que se encontra nas áreas verdes do Conjunto são lotes abandonados, a maioria sem nenhum tipo de cuidado. Alguns foram tratados por moradores e mantém

uma aparência decente, o que é de obrigação da prefeitura. Veja você que quando um cidadão possui um terreno sem construção e o mato começa a tomar conta do lugar, a prefeitura cobra que seja feita a limpeza e tratamento da área, para o bem dos moradores vizinhos, mas e quando a própria prefeitura não faz o seu dever de casa?
Outro problema é a falta de calçamento, não existem passeios na área. Os cidadãos que caminham pela rua Otair Guimarães Naves são obrigados a transitar pela via, no meio de carros. E mais: as reformas no terminal de ônibus Santa Luzia fizeram com que mais ônibus trafeguem por essa rua, o que torna o trânsito mais perigoso para o pedestre.

“A cidade não pode ser vista meramente como um mecanismo físico e uma construção artificial. Esta é envolvida nos processos vitais das pessoas que a compõe; é um produto da natureza e particularmente da natureza humana” Robert Ezra Park (1973, p. 26)




