Dizem que a virada do ano é a época
das listas e promessas, mas não sou fã de colocar nada no papel. Em 2013 eu
quero mudar para Ipanema, trabalhar na TV Globo, escrever minha sinopse de
novela para 2045 ou um grande romance de seriado norte-americano. Mas é claro
que tudo isso não passa de sonho. É mais produtivo analisar os feitos que eu
realmente terei em 2013: seis meses de academia em fevereiro, a formatura em março,
a defesa da monografia em abril, um jornalista diplomado em maio.
O que vem depois?! Apenas páginas em branco. Por enquanto sei apenas que vou acompanhar o season finale da 9ª temporada de Grey’s Anatomy. Sem script ou roteiro pronto. Semanalmente alguém pergunta o que vou fazer depois de formar. Minha resposta é a mesma: não tenho planejamento. Vou mandar currículos e torcer que alguma empresa da área me
chame para uma entrevista. É a transição para a vida real. Até agora tudo não
passou de um conto de fadas: divertido, inspirador, mas uma grande fantasia.
![]() |
| ? |
É o despertar é animador, finalmente
a saída da zona de conforto. A vontade de mergulhar com tudo numa história
nova, quase a ideia de uma carreira solo. A visão do possível chega a ser incrível
e amedrontadora: em um ano estar trabalhando numa redação de TV do interior de
Goiás ou assinando o folheto mensal da paróquia. É a temporada do incerto. Atualmente
a única coisa que eu sei é que a ampulheta virou e está descendo areia.
