sexta-feira, 25 de maio de 2012

Uma mania de complicar


Temos uma séria mania de complicar as coisas quando podemos facilitar! As crianças possuem uma grande vantagem sobre os adultos: quando elas querem elas pedem, mesmo que nem sempre esse desejo seja atendido. Mas o tempo passa, a gente cresce e começa a sucumbir a tantos processos sociais que, quando paramos para observar, aquelas aspirações são pouco a pouco reprimidas.
A pergunta é simples: se eu quero um sorvete de morango porque motivo eu vou pedir um sorvete de chocolate? Complicamos. O medo do escuro vai embora para a maioria, mas outros aparecem com força maior ainda: rejeição, fracasso, desilusão. Se por um lado a autocensura limita nosso anseio de correr atrás do que queremos, sendo isso aparentemente correto ou não, às vezes bate uma enorme vontade de sair fazendo besteiras, sem olhar pra trás.
O mais curioso é que conseguimos observar a mesma hesitação naqueles que estão à nossa volta: “não dou um passo, tenho receio”, outros devem se sentir assim, e nada sai do lugar. Um desafio comum é se estabelecer, superar o medo de sofrer um tombo, aguentar os efeitos de um passo, as consequências dessa interação e tentar pensar menos para, quem sabe, mover uma peça.

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