sábado, 21 de janeiro de 2012

Uma alma gêmea

O mundo é um lugar romântico. Se você parar pra ouvir vai reparar que 90% das músicas falam sobre um alguém. Seja sobre alguém que o deixou, aquele que deve ser esquecido ou quem faz seu coração bater mais rápido. Das canções mais melosas às batidas eletrônicas, todas trazem uma história de amor perdida no tempo. Do amor tradicional, aquele que surge de uma amizade, se torna namoro, noivado e enfim casamento aos amores tórridos que nascem de cenários inóspitos, repletos de idas e vindas com bastante sexo de reconciliação, bom, assim é feito o mundo, o lugar do romance.

Considerar a teoria da alma gêmea numa época marcada pela razão é até algo ridículo, mas quem não se torna um bobo quando o assunto é a paixão?! Dizem que todo mundo tem a sua metade da laranja, mas vem a pergunta: como será essa outra metade? Sendo gêmea, deveríamos imaginar que o seu parceiro no amor será alguém exatamente igual a você ou será aquele que virá para preencher as suas lacunas? Como descobrir a alma gêmea num planeta de 7 bilhões é um desafio e tanto, há quem já tenha vivido a experiência de se relacionar com gente muito parecida e também o outro lado, namorando quem parece ser o seu oposto. Há relatos que das duas maneiras pode dar muito certo ou muito errado. Daí surge o outro ditado "os opostos se atraem", mas há amor que resista a diferenças gritantes por muito tempo?

Dizem que basta entrar em um relacionamento para que apareçam dezenas de pessoas interessadas em você, mas parece que inventar isso no status do Facebook não é uma alternativa, não. Todos os dias estamos diante de casais felizes, de histórias de amor que nasceram na fila do banco ou na sorveteria do bairro e os que estão sozinhos se perguntam se não estão indo na sorveteria certa.
Temos a mania de idealizar: esperamos o emprego perfeito, a turma perfeita, a vizinhança perfeita. E por quê não a alma gêmea perfeita? No fundo do nosso inconsciente existe a expectativa de que um dia estaremos carregando uma pilha de livros, quando uma pessoa com pressa vai cruzar nosso caminho, derrubando tudo no chão e que, retornando para ajudar a recolher nossas coisas, tudo ficará em câmera lenta, surgindo a clássica troca de olhares e BUM! O amor acontece. Mas talvez isso dê mais certo nos filmes da Katherine Heigl.

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