
Gostamos de liberdade. Ao menos sabemos afirmar isso a todo instante. Penso que nunca estamos prontos pra ela. Quando crianças queremos a independência, mostrar para os coleguinhas que já não somos crianças, mas sim mocinhas e homenzinhos. Na adolescência as coisas se tornam mais radicais. Buscamos a diferenciação e tudo é motivo para rebeldia, com as desculpas na "liberdade". Cruzamos a linha para a vida adulta e não percebemos, talvez hoje muito menos que no passado. A adolescência ultrapassa a faixa dos 20 anos e nos perguntamos onde estamos.
A liberdade que antes batalhávamos para ter, agora aparece com os encargos das responsabilidades, é isso o que nos ajuda a amadurecer. Passamos a ser responsáveis por nossas escolhas e, mais que isso, a arcar com as consequências delas. Quando nos libertamos das amarras morais e legais da menoridade, aos poucos vamos cortando também determinados laços que nos foram impostos. Alguns deixam para trás valores aprendidos, a religião ensinada pelos pais ou os ideais recebidos até então.
Mas ao passo que estamos deixando certas coisas nos apegamos a outras. Há quem encontre conforto na vida de festas, outros adotam a bebida e outras dependências, tem também quem mostre dedicação total, e exclusiva, ao trabalho ou aqueles que se escondem por baixo de algum manto sagrado. São diversas as formas que procuramos para preencher nossos vazios. Sobretudo quando não sabemos o que fazer com a liberdade que o mundo nos concede, às vezes, de uma hora pra outra.
Foto: Zoe Hart começa outra vida na série "Hart of Dixie"
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