Ano
passado, o mundo em que vivemos chegou à marca de sete bilhões de pessoas. Pense
na quantidade de ligações que podem ser feitas entre esses indivíduos. De
amizades a inimizades, contando aqueles que fazem parte de nossa árvore
genealógica, são muitas as possibilidades. Agora pense por um momento em quantas
vezes você já acreditou que estava apaixonado por uma pessoa durante a vida.
Mais fundo, pense nas histórias que você imaginou que seriam para a vida toda,
mas não foram adiante. Por um lado é um pesar, mas por outro podemos encarar as
nossas idas e vindas como ganho de experiência. A cada tentativa de fazer dar
certo estamos entregando um pouco de nós, e mesmo quando não recebemos muito em
troca, passamos a um nível superior de maturidade e expectativa.
A
vida é complicada, sobretudo quando você tenta seguir um caminho diferente do
adotado pela maioria. Entre diversas coisas a temer, e nesse sentido podemos
falar da solidão, uma olhada atenta à volta pode ser tranquilizadora. Voltando
aos sete bilhões de humanos, não há motivo para o apego a uma história que não
deu certo, muito menos espaço para amores platônicos. Todos nós temos dezenas
de qualidades e muitos defeitos, com certeza. Um encontro em que duas
personalidades se encaixam pode ser o começo de uma grande história a dois.
Somos uma geração de impacientes e lidamos com tudo de forma intensa. Quando
gostamos é amor, quando não é a indiferença. Não há uma solução para a
ansiedade de viver um romance, mas uma alternativa pode ser o exercício da
paciência: cursos de aperfeiçoamento, trabalho voluntário, e claro, cuidar de
si mesmo. Dizem que quando cuidamos do nosso jardim as borboletas aparecem, que
assim seja.

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