domingo, 23 de setembro de 2012

Um jardim para cuidar

Ano passado, o mundo em que vivemos chegou à marca de sete bilhões de pessoas. Pense na quantidade de ligações que podem ser feitas entre esses indivíduos. De amizades a inimizades, contando aqueles que fazem parte de nossa árvore genealógica, são muitas as possibilidades. Agora pense por um momento em quantas vezes você já acreditou que estava apaixonado por uma pessoa durante a vida. Mais fundo, pense nas histórias que você imaginou que seriam para a vida toda, mas não foram adiante. Por um lado é um pesar, mas por outro podemos encarar as nossas idas e vindas como ganho de experiência. A cada tentativa de fazer dar certo estamos entregando um pouco de nós, e mesmo quando não recebemos muito em troca, passamos a um nível superior de maturidade e expectativa.
A vida é complicada, sobretudo quando você tenta seguir um caminho diferente do adotado pela maioria. Entre diversas coisas a temer, e nesse sentido podemos falar da solidão, uma olhada atenta à volta pode ser tranquilizadora. Voltando aos sete bilhões de humanos, não há motivo para o apego a uma história que não deu certo, muito menos espaço para amores platônicos. Todos nós temos dezenas de qualidades e muitos defeitos, com certeza. Um encontro em que duas personalidades se encaixam pode ser o começo de uma grande história a dois. Somos uma geração de impacientes e lidamos com tudo de forma intensa. Quando gostamos é amor, quando não é a indiferença. Não há uma solução para a ansiedade de viver um romance, mas uma alternativa pode ser o exercício da paciência: cursos de aperfeiçoamento, trabalho voluntário, e claro, cuidar de si mesmo. Dizem que quando cuidamos do nosso jardim as borboletas aparecem, que assim seja.

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